segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Um ente familiar especial!

Existe uma idéia errônea de que o pitbull ou o american staffordshire devam ser agressivos. Na verdade a agressividade é encontrada em indivíduos de todas as raças.
Inclusive no ser humano. Certas raças são muito hostis com estranhos. E o american é uma das raças mais dóceis com o ser humano. Um Rottweiler, um Dobermann, um Fila Brasileiro, um Poodle ou até gracioso Pequenês são mais hostis e ladram quando uma pessoa estranha aparece na casa. 

Então porque essa fama? 

Primeiro porque no final do século XIX até início do século XX os pitbulls eram selecionados por suas habilidades nas rinhas entre cães (prática que foi proibida tanto na Inglaterra como nos USA) que ocorriam clandestinamente. Sendo assim, esses exemplares eram umas feras quando em frente de um cão estranho. Esse pitbull veio a se chamar American Pitbull Terrier junto à UKC e depois, em 1936 o pitbull deu um salto qualitativo e os exemplares que obedecessem os padrões físicos e de temperamento do AKC e da FCI passarm a ser aceitos sob outra denominação: American Staffordshire Terrier.

O que muda no AST?

Aspectos físicos, alguns de coloração, outras de angulação, outras peso e altura, outras em relação à pigmantação, mas o mais importante para mim é o afastamento definitivo das rinhas entre cães. A seleção que passou a ser feita determinou o que viria a acontecer com a raça de 1936 até os nossos dias. Mas a seleção passou a estar nas mãos e na responsabilidade dos criadores, O American passou a ser mais sociável com outros cães mas nem sempre. Isso ainda depende do trabalho dos criadores. Existem poucos criadores no Brasil. Mas um número excessivo de cruzadores, ou seja, pesoas que cruzam esse com aquele e vendem os filhotes no OLX e no Mercado LIvre. Isso é perigoso porque quando um desses cães vier a morder dirão: olha como essa raça é perigosa! Se nós fizermos as escolhas erradas teremos resultados equivocados. Eu ainda penso que coisas materiais podem ser adquiridas dessa forma mas animais por outra via: contato e análise do criador. É uma pena que não exista qualquer controle das entidades responsáveis pois um maior rigor geraria menos lucro. Isso não quer dizer que uma pessoa sensata e estudiosa não possa ter belos filhotes mesmo tendo apenas um casal. Mas no momento que ela comercializa a preço de bananas estraga a raça. Tudo que se vulgariza sofre deterioração. 

E se o American é dócil não servirá para guarda?

ELe é dócil mas é inteligente. Sabe notar que uma pessoa está entrando no pátio com segundas intenções porque isso é um fato totalmente inusitado. A menos que a rotina de sua casa seja deixar o cão solto desde criança e as pessoas entrarem livremente pela porta da frente. Daí ele irá aprender que isso é normal e que a humanidade é maravilhosa. Mas se sempre ao chegar um estranho o dono da casa for até a porta abrir ele notará a diferença. É o que eu faço aqui. E percebo o quanto o comportamento muda.

Hostilidade?

Não. O American deve ter coragem. E quando queremos que ele seja um guarda de ponta duas coisas devemos fazer: uma seria selecionar um filhote mais propenso a essas características dentro de uma ninhada. Ocorre que o brasileiro escolhe mais pela cor, pela superfície e pelos detalhes cosméticos do que pela estrutura e pelo temperamento. Se o exemplar é bem escolhido será guarda mas para ser uma fera com estranhos deverá passar por treinamento. 
Por hoje seria isso. Ter um american é uma experiência muito rica. 

Um ente familiar especial!
Em outrs palavras, se um american morder alguém não é porque seja um american, mas porque tem dentes e é um cão. O pugilista Mike Tyson mordeu as orelhas de um oponente. Isso torna o ser humano tendente a morder orelhas?

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