sábado, 21 de abril de 2018

O pitbull é perigoso? E o american?

O pitbull é perigoso? E o american?

          O american staffordshire terrier é a continuidade do american pitbull terrier pois nasceu de cruzamentos selecionados deste primeiro. No momento em que os americanos estabeleceram padrões definidos para aceitar a raça no American Kennel Club começou um processo seletivo que já dura quase um século.
Nesse período o que se desejou dos criadores é que a seleção fosse feita pelas características físicas (fenótipo) obedecendo um padrão específico que a FCI ratificou e pelo temperamento que nos primórdios era selecionado para o combate e gradativamente deixou de ser. Hoje um american tanto como o pitbull, em boas mãos de criadores sensatos deve ser um cão sociável e amigo de outros cães e de crianças. Na verdade, mesmo o pitbull que era selecionado para o combate não era agressivo com a família ou crianças. Mas sim a raiva era direcionada para outros cães. Esses donos, verdadeiros psicopatas treinavam os cães para ficarem psicóticos. Muitas vezes colocavam dentro de uma vala sem ver nada. Geralmente acorrentados e, antes do combate atiçavam o cão com o sangue de outros cães para incrementar o ódio e a adrenalina. Ocorriam apostas e esse animal não tinha outra opção senão lutar. Lutar, matar ou morrer.
         Os exemplares eram escolhidos pelo pendor para as lutas . Numa mesma ninhada o mais agressivo era garimpado. Esse por sua vez era cruzado com a fêmea mais agressiva de outra ninhada. Depois de algumas gerações estava fixado esse "talento" e o dono se orgulhava disso.
         Eu seleciono há 26 anos americans com temperamento equilibrado. Ao contrário de raças tidas como inocentes, como o poodle por exemplo, que encontramos relatos nos pronto-socorros de acidentes com crianças eu nunca tive um caso sequer de ataque a um ente familiar. Nossos americans são afetivos e gostam de brincar por uma razão simples: eles voltaram às suas origens antes da programação humana para lutarem. O trabalho seletivo iniciou nos USA em 1936 mas é nosso dever continuar e aprimorar esse trabalho seletivo. Isso é que o canil New Kraftfeld vem fazendo e, salvo algum caso isolado que desconheço nunca ocorreu algo que fuja dessa regra. Mas um cão é um animal e, como o ser humano, pode apresentar desvios de comportamento dependendo de fatores que fogem ao controle do criador como educação.
         Mas tem sido uma experiência rica observar os membros da família New Kraftfeld espalhada pelo Brasil afora tendo experiências ricas com seus cães que se tornam verdadeiros membros do lar.
Eu considero essa raça completa e afeita a múltiplas tarefas e dotada de dotes que me surpreendem a cada dia.
       O tempo passou e o que aprendi, entre outras tantas realidades é que o perigoso não é o pitbull ou o american staffordshire mas o homem. Tenho muito medo do homem, do que ele é capaz e das surpresas que estão inerentes em suas condutas. Como dizia o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche o homem é o animal que possui as maiores diferenças de comportamento entre todas as espécies.
        Portanto é mister que vejamos com novos olhos essa raça que tantos difamam como perigosa cujas conclusões são assentadas na ignorância e nos relatos tendenciosos de casos isolados e sempre ligados ao tratamento inadequado desses inocentes cães. O american staffordshire nasceu, como todos nós humanos, para ser respeitado e amado. Faça isso e veja que cão terás!

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