quinta-feira, 19 de abril de 2018

O American staffordshire terrier é um bom cão de guarda?

O American staffordshire terrier é um bom cão de guarda?

Eu me lembro de um criador americano que uma vez escreveu que os pitbulls dele eram tão dóceis que invadiram o sítio dele e roubaram os cães. Em contrapartida existem outros que devoram um ladrão. Como o AST é parente direto do AMPT é natural que existam variantes no comportamento para guarda.
Existem funções específicas para um cão de guarda e aspectos do seu comportamento que são úteis e tidos como sinais de serem aproveitáveis para essa função. Uma virtude para um cão que exerça essa função tão importante nos dias de hoje, quando existe tanta violência, e nós no sentimos desamparados pelos meios de segurança seria a capacidade de estar atento e demonstrar estranheza a aproximação de um estranho. Reagir a esse estranho rosnando e deixá-lo intimidado é um bom começo e isso grande parte dos AST fazem ao natural. Mas atacar e estraçalhar um invasor raros o fariam espontâneamente. Quando estão juntos com um sexo oposto poderão atacar em conjunto se liderados por um de temperamento dominante. Mas isso não seria uma regra. Então, o AST é ou não um cão de guarda? O Rottweiler por exemplo o é ao natural. Mas e o AST? Bem, eu diria que o AST tem uma ferocidade que foi ancestralmente dirigida contra os seus semelhantes nas rinhas. Apenas no século passado, em 1936 que o AST foi aceito pela FCI para ser um cão que concorresse em concursos de beleza e tivesse o seu temperamento mais trabalhado para o convívio social. Mas nesses anos todos e até recentemente os criadores utilizaram outras linhas de sangue para cruzarem com seus Americans. Algumas nítidamente hostis, bandidas, para usar um termo popular. Os cães advindos da Costa-Rica são um exemplo disso. Esses AST eram reativos aos estranhos. muito briguentos e geralmente bons guardas. Essas linhas de sangue, por vezes apreciadas pelos jovens que gostam de cães agressivos e outras vezes odiadas por estarem “sujando” um trabalho de aprimoramento comportamental de muitos anos, foram úteis ao introduzirem uma pitada de temperamento forte para a guarda. Como uma raça não nasce por geração espontânea mas sim após muitas cruzamentos em que até outras raças participaram de seu surgimento, a “inoculação” desse sangue pode ser entendida como algo benéfico e não indesejável como se pensava no meio do processo. Sendo assim, um AST é um cão que quando equilibrado, advindo de um criador que conhece os seus cães pois os observa há muitos anos, geração por geração, representa uma pedra bruta que se lapidada se transforma num diamante. Porque? O AST é um cão inteligente e atento. Rápido e curioso. Tem uma agressividade dentro de si sob controle. Mas se nós estimularmos essa intolerância para com estranhos então coitados dos mesmos. Musculoso, resistente à dor, corajoso e perseverante e tendo um pequeno treinamento para a guarda da casa se torna uma arma quase imbatível para proteger nosso lar. Alguns já possuem esses atributos naturalmente e sem treinamento. Alguns Americans meus são assim. Mas os que não forem basta dar um pequeno empurrão. Por isso falei numa pedra bruta. Basta uma pequena lapidação e teremos um diamante em casa. O convívio amoroso em nossa casa com um AST nos mostra o quanto ele é afetivo, amigo e protetor. Mas o cão é parecido com o ser humano em várias questões. Existem diferenças individuais e mesmo numa mesma família sabemos que o comportamento e as atitudes divergem em muitas questões nos elementos da casa. Assim teremos os Americans hiper-brincalhões e afetivos e os mais reservados. No meio do caminho toda a sorte de variantes. Numa ninhada podemos observar desde cedo algumas tendências. Assim sendo precisamos saber que o AST é um ótimo cão de guarda quando bem escolhido e talvez seja necessário adestrá-lo, até para ter controle absoluto sobre ele. Para finalizar, êle é confiável em todos os sentidos. Muito mais do que a maioria das pessoas com quem convivemos pois em seu comportamento não encontramos falsidade e ele nunca nos trai a confiança. Coloque ele no pátio. Veja o que acontece. Em qualquer dúvida fale comigo!

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